Debate com Emir Sader, quarta-feira, dia 30/10, 19 horas, Sede Nacional do PT
Venha debater com Emir Sader sobre "Os 10 anos dos governos pós-neoliberais de Lula-Dilma"
Lançamento do livro com o mesmo nome
Na sede nacional do PT - SCS, Edfício Toufic
Quarta Feira, dia 30, 19 horas
Promoção: Queremos de volta o PT de Lutas
Central Sindical Uruguaia recebe canal de tv aberta. Petistas evitam aplicar lei para criar TV no Distrito Federal.
No início de outubro, o presidente do Uruguai, José Mujica, assinou decreto concedendo ao PIT-CNT, a Central Obrera Uruguaia, o direito de administrar canal comunitário de tv digital aberta no populoso Departamento de Montevidéu. Como se sabe, metade da população uruguaia vive exatamente na Capital do País, Montevidéu. Segundo os dirigentes da central sindical, o canal de tv vai difundir os valores culturais ligados ao trabalho e à solidariedade. Pretendem, conforme, frisam, que não seja apenas uma tv sindical, mas que se preocupe com um jornalismo amplo e plural, com muito conteúdo ligado a cinema, música, história e muito informação "sobre toda construção dos trabalhadores".
A notícia que vem agora do Uruguay, soma-se a inúmeras outras vindas de países como Argentina, Bolívia, Equador, Venezuela, Nicarágua, onde avançam processos concretos, políticas práticas, de democratização dos meios de comunicação. Na Argentina, o sistema de tv digital terrestre já alcança a 80 por cento do território, permitindo que , gratuitamente, sejam sintonizados 28 canais de televisão, inclusive Telesur. Nada disso ocorre aqui no Brasil, onde, segundo estatísticas recentes, entre 2003 e 2013, cerca de 5 bilhões de reais em verbas publicitárias foram destinadas pelo Governo Federal exclusivamente para a Rede Globo.
Aqui em Brasília, ante retumbante silêncio e alienação do PT local - partido tem que discutir política todo dia, diz Lula - o governo Agnelo paralisa-se diante da fabulosa oportunidade que a Lei 12485 (Lei da TV Paga) lhe permite: criar, imediatamente, um canal de TV a partir de estrutura já existente no antigo Canal E, da Secretaria de Educação, atualmente sem transmitir, o que já fez no primeiro governo petista no DF.
Notícias recentes apontam para superávit de arrecadação no GDF, com o que a Secretaria de Comunicação teve ampliada sua receita de 150 para 220 milhões de reais. Com o uso de apenas 1 milhão de reais na compra de equipamentos de tv e reaproveitando jornalistas que já constam do quadro, o GDF poderia dar colocar em funcionamento, imediatamente - sem necessidade de aprovação de lei - a TV Pública do DF. Com isto, reduziria enormemente a dependência de remeter graúdas verbas publicitárias para as tvs comerciais, com duvidosos efeitos informativos, haja vista a rejeição existente quanto a este procedimento.
Beto Almeida
CARLOS SARAIVA: Reencantar a sociedade
Companheiros(as), o PT, sofre desde sua fundação, pressões à direita e à esquerda. Estas pressões por motivos óbvios se intensificaram com a eleição de Lula à presidência. Agudizaram com o episódio de 2005 e tornaram-se crônicas.
O PT, foi aos poucos, deixando de fazer autocrítica, substituindo-a pela luta interna meramente hegemônica. A falta de autocrítica, levou o partido cair, na lamuria, na mea culpa, no constrangimento, na paranóia persecutoria e mais grave na acomodação defensiva. Deixou para que a inércia do esquecimento, baseada no "bom governo", nas "bôas relações" com os movimentos sociais e a "fidelidade" da militância resolvesse as contradições e as "chantagens" da "governabilidade". Surgiu a reclamação do "fundamentalismo ideológico sectário", "coorporativismo estreito", "ressentimento antipetista oportunista". É bem verdade, que tudo isto existe, mas floresceram, como, as manifestações de junho e agora um "renascer nacionalista", pelo vazio politico, deixado pelo PT, no seio da sociedade. Parece que o partido, não consegue se livrar da "síndrome de escravo". Parece seguir à risca o que o conservador Gilberto Freire, deixou escrito; os habitantes da senzala, servirão sempre os senhores e as madames da casa grande, harmoniosamente.
E agora, começamos à emitir palavras de ordem;, "precisamos retornar às nossas origens", "dialogar com os movimentos sociais", "dizer não às privatizações", "acabar com o burocratismo partidário", "o partido como máquina eleitoral" e o mais "importante", "lutar pelo socialismo". E na esteira desta peroração, "acabar com as alianças à direita", em especial com o PMDB e fortalecer as alianças programáticas com a esquerda". Excelente, assinamos com fervor revolucionário. Verificamos, no entanto, que este discurso, está sendo feito, em resposta, justamente às pressões, que reclamamos, que existem, que deixamos existir. E agora, respondemos com uma retórica e um discurso acrítico.
Volta a necessidade, agora urgente, de fazermos as perguntas, no meio das contradições existentes; Somos hoje, um partido de direita, que defende um governo entreguista, cujos adversários que nos acusam de intervencionistas, querem nos derrotar? Somos um partido em franca deterioração ideológica , que defende um governo neoliberal, cujos neoliberais e a imprensa comprometida, em nos acusando de "populistas bolivarianos", fazem uma campanha de reciclagem , retirando do interior da "esquerda", "a nova politica", para nos derrotar? "Precisamos fazer alianças programática com a esquerda".
Que esquerda? O momento é sim importante para reflexões.O momento é de autocritica e não lamurias, O momento é fazer politica e não voluntarismos inconsequentes. O momento é de "bom senso " e não seguir o "senso comum publicado", o coorporativismo estreito, o neonacionalismo, oportunista e de ocasião. Lembrar que o socialismo se alcança na prática, no cotidiano, no embate no interior dos movimentos sociais, na sociedade. Precisamos sim de mais Dialética e menos estética(retórica). Assim , podemos retornar o protagonismo militante e reencantar a sociedade.
Aquele abraço.
Carlos Saraiva
Propomos que a TV Pública seja bandeira preciosa do PT-DF!
Hoje, visitamos o Canal E, estrutura pertencente à Secretaria de Educação do DF, que, durante o primeiro governo do PT, de 1995-1998, transmitiu diariamente uma boa programação educativa e cultural.
Constatamos que a decisão aprovada no Comunica-DF, seminário convocado pelo Governador Agnelo Queiroz, realizado em outubro de 2012, a de implantar uma TV Pública do DF, seria totalmente viável com o aproveitamento das instalações já existentes no Canal E.
Com investimentos na ordem de 1 milhão de reais - cem vezes menos do que o volume de 150 milhões de reais em mãos da Secretaria de Comunicação do DF hoje - haveria toda a possibilidade de termos a nossa TV Pública candanga a curtíssimo prazo. O que ampliaria a capacidade informativa independente do GDF frente às tvs privadas, às quais se destinam enormes somas de recursos em publicidade.
Vale ressaltar que o DF é a unidade da federação com o maior número de domicílios conectados (50 por cento) a alguma das modalidades de tv paga, e, fazendo uso das prerrogativas da lei 12485 - que disponibiliza um canal de tv para cada executivo estadual ou municipal - rapidamente os moradores da região, incluindo o Entorno, poderiam contar com a opção de uma tv de alto nível cultural, informativo, educativo e a favor da vida, uma alternativa a esta programação de baixaria e violência que predomina hoje nos canais comerciais.
O que também temos constatado, além do aparente abandono das estruturas do Canal E, é que esta tese da TV Pública do DF também foi abandonada. Esta é nossa função, trazer de volta os sonhos de rebeldia, de transformação e da democratização da comunicação.
Propomos que a TV Pública seja bandeira preciosa do PT-DF! E ela está a alcance de nossas mãos e da nossa mobilização consciente. Nem é preciso mudar a Constituição, nem alterar o sistema solar. Basta que o PT-DF assuma esta luta e encoraje o GDF e colocá-la em prática, tal como o Governador Agnelo anunciou que faria no final do Comunica-DF. A mobilização do PT-DF e da militância pode conquistar a TV Pública candanga!
Beto Almeida
"Queremos de Volta o PT de Lutas"
O Ministério Público determinou ao GDF fazer uma campanha para melhorar o trânsito
foto de Najla Passos do sítio Carta Maior
Nesse segundo semestre, as pessoas preocupadas com o caos em que se encontram as relações sociais no DF, particularmente, no que se refere ao trânsito e às poluições sonora e ambiental, viram uma luz no final do túnel.
O Ministério Público determinou ao GDF fazer uma campanha para melhorar o trânsito e deu ao governo um prazo para cumprir a determinação. Ficamos ansiosos, esperançosos e atentos.
Nas últimas semanas, começaram a surgir, nas ruas do DF, pequenos out doors com dizeres sobre o trânsito. Será que a campanha se resumirá a isso? Frases de efeito sobre o trânsito? Será isso que o GDF entende como campanha educativa? É inacreditável!
Campanha de educação para o trânsito, camaradas, pressupõe muito trabalho, muita mobilização, muita educação, muita criatividade e vontade política para vencer, como fez o primeiro governo petista no DF.
O que estamos vendo é coisa de gente indolente, preguiçosa, incompetente! Se a campanha exigida pelo MPF for só essa, dá até para pensar - mais do que isso e pior - que é coisa de gente que tem amigos donos de fábrica desses trecos que estão colocados nas ruas a título de campanha educativa. Podemos imaginar o que quisermos, a essa altura do campeonato.
Nós esperamos que não seja como está parecendo ser!
Lúcia Ivanow
LALO: "Meu apoio a sua candidatura representa a confiança de que com ele permanecem vivos os valores e os ideais que defendemos há mais de três décadas".
Estou no PT desde a sua fundação. O crescimento do partido e a sua chegada aos centros de poder não apagaram os compromissos com a transformação do país; sonho, bandeiras e ações dos seus fundadores que seguem presentes entre muitos dos nossos militantes. Um deles, desde sempre é o companheiro Beto Almeida, candidato a presidente do PT-DF. Meu apoio a sua candidatura representa a confiança de que com ele permanecem vivos os valores e os ideais que defendemos há mais de três décadas. Sua trajetória nos movimentos sociais e políticos, nacionais e latino-americanos, é uma prova incontestável desse compromisso.
Laurindo Lalo Leal Filho, jornalista, sociólogo, professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
VENÍCIO: "Conheço Beto Almeida desde os tempos da resistência ao autoritarismo militar ..."
foto: Sidney Murrieta fonte: site IPEA
Conheço
Beto Almeida desde os tempos da resistência ao autoritarismo militar na
Universidade de Brasília nos idos da década de 70 do século passado. Ao
longo do tempo Beto tem sido um batalhador incansável pelo
internacionalismo, pela comunicação pública e por uma sociedade mais
justa. Beto reúne todas as condições para liderar o necessário retorno
do PT-DF aos compromissos e práticas históricas que justificaram sua
criação em 1980.
Venício A. de Lima
jornalista e professor da UnB [aposentado]
Todos ao debate entre os candidatos do PT-DF no Gama, dia 14!
O Catetinho fica no Gama e foi construído em 1956 em 10 dias (*)
O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal inicia, na próxima segunda, dia 14, no Gama, o ciclo de debate entre as chapas que concorrem, pelo voto direto, à eleição que vai decidir os novos dirigentes da agremiação em todos os níveis, em todo o país. Este processo eleitoral democrático interno é, de certa maneira, uma resposta à incessante campanha movida por forças reacionárias e conservadoras da sociedade, vocalizadas pela mídia comercial, no sentido de demolir o PT, a sua história, suas conquistas e, também, para tentar inviabilizar, o que vem sendo apontado por inúmeros institutos de pesquisas, o crescimento do partido nas próximas eleições, em 2014.
Para desespero dos adversários, o PT é o partido mais criticado e, também, por pesquisas inúmeras, o que possui mais credibilidade na sociedade.
O debate é um momento precioso para a militância petista que - em 33 anos de existência de partido, 10 anos à frente do Palácio do Planalto e pela segunda vez no Palácio do Buriti - se renovou, se modificou, mas ainda mantém inalterado o programa de transformações sociais de natureza anticapitalista que o partido decidiu em seus congressos nacionais.
É no debate que se permitirá conhecer, mais nitidamente, as linhas de pensamento que priorizam um partido sintonizado com as lutas do nosso povo, que valorizam uma relação respeitosa de diálogo do PT com os movimentos sociais, sindicais e da juventude, atributos que o PT não pode abandonar pois, como disse Lula, "o PT não pode temer as ruas, pois foi lá que nascemos".
É exatamente no PED que se abre a possibilidade para um confronto fraterno e construtivo de ideias, no qual se pode fortalecer a concepção de um partido comprometido com as lutas sociais, sustentado e vitalizado por uma democracia interna e capaz de superar seus limites e dificuldades, entre elas a de não possuir, até hoje, um jornal de ampla circulação e uma política de comunicação que atue como circulação sanguínea vital de nosso organismo, informando, encorajando, formando e democratizando a vida política junto à sociedade do DF.
Há inúmeros jornais comunitários no DF, nenhum deles é do PT. Este é o momento para corrigir esta lacuna. Este é um ponto obrigatório da agenda!
O processo eleitoral pelo voto direto petista permitirá ao conjunto da militância escolher, democraticamente, entre as chapas em disputa, aquela que tem o compromisso programático mais adequado com as necessidades atuais de construção do PT, transformando-o em um centro de debate permanente político-cultural, enraizado e organizado em todo o DF, atraindo e agregando a juventude e a militância.
Escolher a chapa que prioriza o compromisso do partido em representar as legítimas demandas da população mais sofrida em relação a um transporte ineficiente, a uma saúde que deve se qualificar mais e mais, a uma educação humanizada (com verdadeira educação integral e infantil) que deve ser orgulho da Brasília que é Patrimônio Cultural da Humanidade.
Nesse sentido, acreditamos que o PT-DF deve assumir causas, bandeiras, abraçar as lutas justas do povo, entre elas a de fazer do DF um Território Livre do Analfabetismo.
Convocamos a todos os militantes petistas para que participem ativamente dos debates, exigindo, democraticamente, propostas claras e capazes de fortalecer o PT-DF e , também, de seguir construindo a força social política necessária para que o Distrito Federal siga um caminho de se tornar um lugar mais justo e solidário, tal como os 10 anos do PT à frente do governo federal já conquistaram para o povo brasileiro!
Todos ao debate no Gama, no dia 14, 19:30h, no Centro de Ensino Número 2. às 19:30, para exercitar a democracia petista que nos diferencia dos demais partidos!
Beto Almeida
Candidato a Presidente pela Chapa "Queremos de volta o PT de lutas"
(*) Sobre o Catetinho que fica no GAMA: O Catetinho foi a primeira residência oficial em Brasília do presidente Juscelino Kubitschek (JK). O local recebeu esse nome devido ao Palácio do Catete, que era até então a residência oficial do presidente. O projeto foi feito pelo arquiteto Oscar Niemeyer em novembro de 1956 e concluído em apenas 10 dias. O Catetinho é um prédio simples, feito de madeira, sem muito conforto ou honras oficiais, ficou conhecido como “Palácio de Tábuas”.
BETH: "Eu apoio Beto Almeida para a presidência do PT-DF por sua coerência, seriedade e lucidez!"
Beto Almeida é um dos fundadores do PT e nunca esqueceu a essência da luta. Com seu pensamento transformador vai dirigir o PT-DF promovendo as ações revolucionárias tão necessárias para este momento, apoiando a juventude que aí está cheia de vontade de participar e resgatando os valores, um tanto esquecidos, para a renovação deste partido que veio para mudar este país.
É da força revolucionária deste homem que precisamos.
Conheço Beto Almeida há décadas e posso afirmar sua coerência, lucidez e seriedade com que vai dirigir a presidência do PT-DF. É ele um grande nacionalista que sempre defendeu com garra o seu partido, os programas de governo de Lula e Dilma por um país cada vez melhor, mais soberano e mais igualitário!
Tem todo o meu apoio!
Beth Carvalho
A comunicação deveria ser instrumento de humanização, educação e de propagação de culturas de paz e cidadania
Para que haja consolidação e plena vigência das políticas públicas de direitos humanos no Brasil, é essencial a democratização dos meios de comunicação que hoje atuam de maneira destrutiva, irresponsável e de costas para a necessidade de construir uma cultura de paz na sociedade. A afirmação é do jornalista Beto Almeida, Presidente da TV Cidade Livre do DF, ao participar, hoje, da Abertura da Pré-Conferência de Direitos Humanos do Distrito Federal, na Escola Técnica de Ceilândia, promovida pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do DF.
Para Almeida, os meios de comunicação estão submetidos a um vale-tudo desqualificado pela audiência, imposto pela ditadura de mercado, com o que são impedidos de cumprir plenamente sua função constitucional. "A comunicação deveria ser instrumento de humanização, educação e de propagação de culturas de paz e cidadania. No entanto, difundem a violência, o medo e o terror para vender uma falsa idéia de segurança como mercadoria, para quem paga, não como um direito do cidadão".
Beto Almeida, que é candidato a presidente do PT pela Chapa "Queremos de volta do PT de lutas", sugeriu ao GDF constituir a TV Pública do DF, utilizando como plataforma as estruturas e os equipamentos do Canal E, da Secretaria de Educação, e as prerrogativas da nova Lei de TV Paga. Ele argumenta que esta opção reduziria enormemente os custos de implantação da emissora, lembrando que o DF já possui aproximadamente 1 milhão de assinantes de serviços de tvs por assinatura.
O jornalista Beto Almeida pediu democracia interna no partido e que a agremiação volte às ruas
No lançamento da Campanha para presidência do PT-DF, no dia 1 de outubro, na Sede Nacional do PT, pela Chapa "Queremos de volta o PT de Lutas", o jornalista Beto Almeida pediu democracia interna no partido e que a agremiação volte às ruas onde nasceu e assuma o debate do futuro do Distrito Federal de cara a cara com o povo, sendo porta-voz de suas reivindicações fundamentais junto ao poder público. Pediu também que o PT-DF faça campanha por um Plebiscito para que a população decida sobre a reativação da Ferrovia Luziânia-Brasília. Propôs que o partido, que governa pela segunda vez o DF, assuma bandeiras populares como o fortalecimento da estatal Transportes Coletivos de Brasília (TCB), hoje esvaziada; a construção da TV Pública do Distrito Federal, com base na estrutura do já existente Canal E, da Secretaria de Educação; e o destravamento da reforma agrária do DF, com base na agroecologia e em aliança com o cooperativismo, a agricultura familiar, os movimentos sociais e a juventude. Segundo Beto Almeida, " para fazer jus ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade, Brasilia e o DF devem, também, construir um transporte coletivo público humanizado e não-opressivo, baseado em trilhos; praticar a democracia na comunicação, fundando sua TV Pública, e partilhar a terra para esta não se transforme em trágico canteiro de veneno do agronegócio e sim, um jardim da agricultura familiar, fundada na agroecologia".
"Queremos de volta o PT de lutas" Chapa - 499 -
Beto Almeida, presidente do PT-DF - número 399
Outros momentos do lançamento, em imagens:
Nota Oficial
Brasília, 17 de setembro de 2013
A
Chapa “Queremos Volta do PT de Lutas”, recebe com apreensão e
indignação o silêncio e o conformismo do PT-DF ante a decisão do
Governador Agnello Queiroz de nomear para o cargo de Secretário de
Publicidade do DF, o jornalista André Duda, que também atuou como
assessor de comunicação dos governos Roriz, Arruda e Rosso e que agora
passa a comandar uma verba estimada em 150 milhões de reais.
Cremos
que a escolha indica uma opção por uma política de comunicação
tradicional e já praticada nos governos anteriores, o que nos leva a
enxergar na atitude do PT-DF uma alienação em relação ao tema
comunicacional, bem como uma constatação da ausência de protagonismo do
partido na definição dos rumos centrais da política do GDF, entre eles a
comunicação. Sequer houve a preocupação de dialogar com o Núcleo de
Comunicação e Cultura do PT-DF, um dos poucos em funcionamento hoje.
Exatamente quando Lula transmite um dos últimos desejos de Gushiken - que em seu leito de morte pediu para que não se deixe o partido morrer e que partido tem que mobilizar o povo 24 horas por dia - vemos
que o PT-DF, apesar de ocupar duas vezes o Buriti, não consegue sequer
ter uma comunicação própria, nem um jornal de distribuição gratuita,
como tantos que há por aí, para informar, educar e mobilizar a população
em defesa de suas causas e bandeiras.
A
falta de iniciativas do partido deixa um vazio que faz com que o GDF se
sinta à vontade para convocar ao seu secretariado exatamente os que
foram responsáveis por uma política de comunicação de ataque incessante e
demolidor contra o PT, sua história, seus militantes e suas idéias.
Estão convocando, com o silêncio do PT-DF, os que fracassaram na
tentativa de destruir o PT, partido que mais cresce e mais apoio tem em
nível nacional e que promove transformações sociais para fazer do Brasil
um país sem miséria e com justiça social. Um projeto que precisa
continuar.em todo o Brasil, inclusive no DF.
Aproveitamos o ensejo para afirmar nosso compromisso para dotar o nosso partido de uma mídia própria - conforme tem reivindicado o próprio Lula - criando
consciência e mobilização para expandir a comunicação pública no DF,
inclusive com a criação de uma TV Pública Distrital, baseado nas prerrogativas da Lei do Cabo, incorporadas à lei 12485, que prevê um canal televisivo para o executivo distrital. Se
tivesse sido animado e encorajado pelo PT-DF nesta causa, e com
investimentos muito modestos, ínfimos se comparados aos gastos com
publicidade, o GDF já teria hoje o seu
próprio canal de tv, reduzindo a dependência relativa à mídia
tradicional e ampliando a luta pela regulamentação democrática da mídia,
apesar dos inimigos desta tese que estão em seus quadros.
Chapa “Queremos de volta um PT de lutas”
Concorrente ao Diretório do PT-DF
Forró do Beto, sexta, dia 20, 21 H, Lago Norte
Acervo Alberto Bernardo (fonte: www.albertobernardo.com.br)
Você está convidado(a) para o Forró do Beto Almeida, candidato a presidente do PT-DF pela Chapa "Queremos de volta o PT de lutas".
Será nesta próxima sexta-feira, dia 20/9/13, às 21 horas.
O endereço é SHIN QI 16, conjunto 3, casa 24 - Lago Norte.
Venha dançar um Forró Pé de Serra e animar o PT na construção de um DF mais justo e solidário.
Chapa "Queremos de volta o PT de lutas
[Processo de Eleição Direta (PED)]
A polêmica "Mais Médicos"
Uma falsa polêmica pois esconde a verdadeira resistência que é
ideológica. O programa "Mais Médicos", resgata a filosofia inaugural do
SUS. SUS, sistema contra hegemônico, criado na resistência à ditadura
militar, passando pela oitava conferência de saúde de 1984, comissão da
reforma sanitária, culminando com sua inscrição na constituição de 1988.
Sistema público, universal, integral, igualitário, solidário, focado na
"saúde", com forte compromisso social e participativo. Facilitado por
uma brecha constitucional, e por interesses ideológicos é hoje um
sistema focado na "doença", compromissado com o mercado e apresentando
uma promiscuidade público/privada, que o desvirtua. O programa "Mais
Médicos", representa "Mais Saúde", "Menos Doença", "Menos Mercado". Por
isso a "resistência". Devemos apoiá-lo, visando o resgate ideológico do
SUS.
Carlos Saraiva e Saraiva, médico
Queremos de volta o PT de lutas
“O
Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política
dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os
políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual
ordem econômica, social e política. Nasce, portanto, da vontade de
emancipação das massas populares. Os trabalhadores já sabem que a
liberdade nunca foi nem será dada de presente, mas será obra de seu
próprio esforço coletivo”.
“Somos
um Partido dos Trabalhadores, não um partido para iludir os
trabalhadores. Queremos a política como atividade própria das
massas que desejam participar, legal e legitimamente, de todas as
decisões da sociedade.”
Neste
ano de 2013, ao celebrarmos os 33 anos do Partido dos Trabalhadores e
os dez na Presidência da República, transcrevemos acima trechos do
Manifesto do PT, lançado no Colégio Sion, em São Paulo, no dia 10
de fevereiro de 1980, para lembrar a todas e a todos os princípios
que nos deram origem.
Esse
Manifesto, sempre atual, norteou a ação de um partido que se quis
democrático, ético, transformador da sociedade brasileira, surgiu
para dar voz aos explorados e para estabelecer a diferença no jeito
de fazer política no Brasil.
Nessa
data, saudamos o partido que se construiu abrigando em seu seio
movimentos sociais, assim como todas as lutas libertárias e que, no
governo, tem buscado a superação de nossa herança histórica de
desigualdade e de exclusão social.
Saudamos
o PT defensor de nossa soberania, do interesse nacional, da
integração Sul-Sul (países latino-americanos, do Caribe, da
África) e da paz entre as nações. Saudamos o PT em sua história
de caminhar sempre com o povo, que amadureceu na luta, assegurando o
espaço democrático fundamental às mudanças, fazendo as alianças
com movimentos sociais e forças progressistas, buscando a construção
de um país justo e de uma sociedade igualitária.
Somos
um grupo heterogêneo comprometido com as causas do Partido dos
Trabalhadores. Entre militantes históricos e jovens que acreditam
profundamente no papel estratégico do PT para a consolidação das
mudanças necessárias ao Brasil, buscamos trazer uma reflexão sobre
os rumos de nosso partido.
A
hora e a vez da América Latina
O
“declínio relativo” do poder americano frente à importância
econômica e política da China e de outras referências regionais
como o Brasil, indicam que a situação dos Estados Unidos na cabeça
de um sistema de poder global atravessa dificuldades.
A
eleição de Lula, Hugo Chávez e Nestor Kirchner deram corpo a um
processo de reorientação da ação econômica, da forma de
integração e cooperação entre os países do continente e,
especialmente, da dinâmica de inserção e relação com outros
países e blocos internacionais.
O
caminho claramente definido pelos principais países da América do
Sul apontava, no início da década passada, para a superação do
flagelo imposto aos povos da região pelo receituário neoliberal. A
Argentina, em busca de saída para o caos econômico e social armado
por Menen, a Venezuela, enfrentando o esgotamento completo do sistema
de polarização entre dois partidos conservadores que se revezavam
no poder há décadas, em detrimento da miséria da grande maioria da
população, uma situação semelhante a de quase todos os outros
países da América Latina.
A
vitória de forças progressistas nas eleições nacionais em
diversos países como Brasil, Argentina, Venezuela, Uruguai, Bolívia,
Equador, Paraguai e outros da América Central marcaram o declínio
do projeto conservador e o desenho de um novo “modelo de
desenvolvimento” com distribuição de renda e preservação dos
interesses nacionais, em sintonia com o aperfeiçoamento das relações
entre os países sul-americanos, em suas circunstâncias geoeconômica
e geopolítica.
Opção
associada à percepção de que, no novo quadro mundial, a região
possui importante potencial para suprir a demanda crescente por
alimentos, energia e matérias-primas. A América do Sul apresenta
grande potencial energético, é rica em recursos hídricos, forte
potencial agrícola com altos níveis de produtividade e crescente
capacidade tecnológica.
O
período recente, portanto, foi de um amplo esforço de superação
no Continente. Período marcado, dentre outras iniciativas, pela
consolidação e criação de diferentes instrumentos de cooperação
multilateral como o Mercosul, Unasul, Alba, Conselho Sul-Americano de
Defesa, Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac)
e outros a caminho, como o Banco de Desenvolvimento do Sul.
Em
termos globais, merece destaque o ativismo do Brasil pela Paz, contra
a guerra e intervencionismo no Oriente Médio, pelo reconhecimento do
Estado Palestino, contra a fome e a pobreza no mundo, pelo
desenvolvimento agrícola, educacional e farmacêutico de vários
países africanos, pela busca de solução negociada ao impasse do
programa nuclear iraniano. E, especialmente, o direcionamento do
esforço pela diversificação e ampliação das trocas comerciais
com novos mercados, mais especificamente junto aos países em
desenvolvimento. Opção que destacamos ter sido essencial para que o
país encontrasse soluções que viabilizassem enfrentar a crise
econômica oriunda da Europa e EUA.
Nos
últimos anos, a busca por um cenário com maior ênfase no
multilateralismo das relações políticas entre as nações se
fortaleceu mundialmente, e o Brasil tem sido protagonista dessa
inflexão por maior equilíbrio entre os países. A título de
exemplo, citamos a criação do BRICS, importante mecanismo de
cooperação entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Uma relevante iniciativa de articulação política-estratégica dos
grandes países em desenvolvimento em busca de maior integração,
cooperação e construção de alternativas econômicas em comum.
O
Brasil, o PT, e as mudanças na última década
Com
a ascensão do PT ao âmbito federal, os governos Lula e Dilma
conseguiram reduzir a taxa de desemprego, elevar o salário mínimo,
distribuir renda, ampliar o crédito,
enfim,
melhorar as condições de vida e trabalho de milhões de
brasileiros, além de resgatar da pobreza uma enorme parcela da
população. A inflação foi mantida sob controle, as contas
públicas estão organizadas e os resultados dos programas sociais
nas áreas de saúde, educação, habitação, entre outras, são
significativos. O crédito chegou às mãos do consumidor e das
empresas. É importante destacar também a execução de uma série
de políticas públicas que estão integrando segmentos sociais
vitimados historicamente pela discriminação. Vale citar as
políticas de cotas nas universidades para negros, indígenas,
estudantes oriundos de escolas públicas, iniciativas de igualdade de
gênero, de respeito à orientação sexual e contra a homofobia.
Agora
é preciso mais, é preciso que todos/as tenham pleno direito à
cidadania e aos serviços públicos de qualidade. Chegou o momento de
dar passos largos necessários rumo à consolidação de um projeto
histórico socialista de emancipação humana.
O
Brasil vive uma nova situação econômica e social e esta nova
situação exige uma política econômica que tenha lado. Se a
política de alianças proporcionou avanços durante esse período,
não foi suficiente para sanar as disparidades históricas que são
marcas de nossa sociedade. A construção de um país mais justo
passa por profundas transformações sociais, a qual o atual arco de
alianças políticas que sustenta o governo Dilma não se propõe.
Daí a necessidade do PT apontar para uma nova estratégia de
governabilidade, hegemonizada por uma maioria composta de partidos de
centro-esquerda, o que possibilita o enfrentamento à elite e a seus
privilégios, conseguindo materializar mudanças estruturais que
assegurem o surgimento de uma sociedade democrática política e
socialmente.
As
jornadas populares de junho e julho, protagonizadas, sobretudo, pela
juventude, mostraram que o PT só tem um caminho e que esse caminho
segue à esquerda. As reivindicações que tomaram conta do Brasil
acabaram incorporando pautas como melhorias no transporte público,
saúde e educação,
mas, principalmente, mostraram a exigência do exercício da política
dentro dos limites da ética. Mostraram, ainda, como as alianças com
a direita nos desgastam e nos apequenam.
Já
no início das manifestações, a juventude do PT, bem como outros
partidos e organizações de esquerda, manteve-se nas ruas,
levantando bandeiras com pautas progressistas. A grande mídia, por
outro lado, tentava desqualificar cada vez mais a política, assim
como os partidos.
A
grande imprensa, porta-voz da direita, tentou se apropriar das
manifestações, buscando torná-las grandes atos contra o governo
federal, desqualificando-as
como forma de organização da vida social, visando fragilizar o
público em exaltação ao privado, para manter um modelo de
sociedade que se pauta na exploração e na mercantilização das
relações sociais.
As
manifestações nos mostraram ser necessário que o PT tenha uma
profunda renovação, a fim de
possibilitar a volta de uma relação intrínseca com os movimentos
sociais e o estabelecimento de um diálogo maior com a juventude. O
PT precisa, para além de escutar os jovens, caminhar ao lado deles.
Cabe ao campo democrático-popular conquistá-los por meio do debate
de ideias e de ações avançadas nas políticas públicas para esse
setor, permitindo que essa parcela da sociedade não se decepcione
com a política, mas se sinta parte atuante dela.
É
importante reafirmar que a crescente institucionalização do PT nas
três esferas do Estado trouxe avanços significativos para os
trabalhadores e demais segmentos populares.
Entretanto,
a dependência da chamada "governabilidade" para
conseguirmos aprovar e executar políticas públicas de interesse
social teve seus limites nas alianças com partidos conservadores que
colocam todo tipo de obstáculos a medidas transformadoras, como a
reforma agrária, uma reforma tributária que redistribua renda, a
democratização dos meios de comunicação, um maior financiamento
do Estado para proporcionar serviços públicos dignos e
universalizados, a reforma política, etc. E
pior,
levou o PT não simplesmente a se submeter a uma pauta conservadora,
mas, em boa parte, a absorvê-la.
E,
mais grave, simultaneamente à institucionalização e às alianças
com partidos conservadores para governar, fragilizamos nossos laços
com os movimentos sociais, origem e razão do surgimento do PT.
Passamos de uma relação que era estratégica, de diálogo com
representantes
de segmentos que são parceiros históricos, para uma relação
utilitária, que recorremos somente quando o governo está em crise e
precisa de suporte.
O
crescimento do PT trouxe também mudanças internas que vêm
esmaecendo sua ação na sociedade, fragilizando sua militância
ideológica e descaracterizando-o como um partido transformador.
Associado a tal cenário, a
ação da direita em seu tradicional método de ataque à democracia
age sistematicamente por meio da criminalização dos movimentos
sociais, de jornalistas independentes, enfim, do exercício da
política.
Exemplo
máximo desta ação que, em um espetáculo midiático, traduziu um
claro golpe ao arrepio da Constituição, está a condenação de
lideranças históricas do PT através do episódio da Ação Penal
nº 470, estigmatizada pela grande mídia como “Mensalão”.
Não
bastasse os ataques da direita e da grande mídia aos companheiros,
observamos a ausência de fraternidade e solidariedade de alguns
membros do partido, os quais não se contrapuseram devidamente ao
resultado do processo, resignando-se diante da condenação midiática
e judicial de algumas de nossas lideranças.
Para
além desse triste episódio, há um claro enfraquecimento de nossa
democracia interna: os núcleos de base são pauta saudosista da
velha guarda; o PED suprimiu o rico debate interno que era realizado
nos encontros democráticos e deu lugar a um processo em que o
filiado se credencia no sábado de manhã, credenciamento que é
antecedido pelo pagamento de sua contribuição partidária,
geralmente pela tendência a que pertence, e retorna no domingo à
tarde para votar quase sempre sem nenhum debate; os diretórios
raramente funcionam regularmente, exceto para cumprir o calendário
eleitoral interno e externo; candidatos
para instâncias importantes de nossa federação são indicados por
um ou dois líderes, substituindo a escolha democrática feita pelo
conjunto do partido. Se isso dá certo aqui e ali, aqui e acolá dá
errado e a vítima é sempre o nosso partido. Nesses episódios, é
fundamental lembrar que o PT surgiu, também, para substituir a
política dos caciques partidários que ainda hoje reina no Brasil.
Além
disso, o PT se transformou em um partido de gabinetes, espaços que
vêm, inadequadamente, substituindo as instâncias partidárias. Sem
falar nos parlamentares que agem por conta própria, sem dar a menor
satisfação à militância, aos princípios do partido e se ocupam,
apenas, de se reelegerem indefinidamente. Não podemos, hoje, dizer
que temos uma bancada federal que atue pelo PT e segundo o PT.
O
PT se construiu, entre outros motivos, para dignificar as relações
trabalhistas. Deste modo, é inaceitável que as relações de
trabalho entre alguns de nossos dirigentes, parlamentares e gestores
com seus auxiliares, antes marcadas pelo respeito e profissionalismo,
hoje sejam regidas pela exploração, desrespeito e perseguição por
divergências políticas, possíveis, inclusive, de se enquadrar como
assédio moral.
Desnecessário
mencionar que muitas vezes a construção da tendência, para auferir
vantagens, tem se sobreposto à construção mesma do Partido dos
Trabalhadores.
Assim,
a fragilização da democracia tem suprimido a reflexão coletiva a
partir do debate, tem afugentado muitos quadros e militantes
ideológicos e transformado o PT num partido cada vez mais
tradicional no pior sentido.
Além
disso, mais de 33 anos após sua fundação, não há vestígios de
uma política de efetiva comunicação do partido, que nos permita
enfrentar a grande imprensa nas redes sociais, com subsídios, com
orientações, e análises de conjuntura para nos garantir um
direcionamento.
Sem
contar que o PT deve continuar lutando pela regulamentação do
capítulo constitucional referente à comunicação, especialmente no
artigo que prevê a complementaridade entre modelos de comunicação
público, estatal e privado. O equilíbrio deve ser a meta, tal como
já vem sendo alcançado por outros países da América do Sul.
No
episódio das manifestações, nos socorremos na leitura de dedicados
blogueiros independentes para, minimamente, tentar nos situar na nova
realidade. A direita trabalha em tempo real com a grande imprensa e
nós nos arrastamos.
Outro
aspecto preocupante é o crescimento partidário sem critérios. A
disputa interna provoca uma verdadeira corrida atrás de novos
filiados - arregimentados às centenas, sem acolhimento adequado, ou
formação prévia, pessoas que em muitas situações se comportam
como "estranhos no ninho" - ocasionando um inchamento e uma
descaracterização do partido.
Outro
fenômeno a ser destacado é a diferenciação econômica entre os
candidatos petistas. Se a reforma política - em particular o
financiamento público de campanha - é imprescindível para frear o
"caixas 2", mitigar a corrupção e democratizar o processo
eleitoral, dando oportunidades iguais para os diversos partidos, isso
vale também internamente, pois salta aos olhos a diferenciação
entre os nossos candidatos: há os que conseguem recursos facilmente
e aqueles que têm de "passar o chapéu", e a disputa se
torna absolutamente injusta.
Desde
a primeira eleição de que participamos no DF, os candidatos são
praticamente os mesmos, que se revezam nas instâncias distrital e
federal, o que pode denotar o não-surgimento de novas lideranças
ou, pior, o seu sufocamento ou exclusão pelo modus
operandi
das direções do PT.
É
preciso analisar também a relação do partido com os governos que
elegeu. Certamente o PT tem que dar sustentação política aos
governos que comanda, mas esse é um processo dialético, de
conflitos, que deve ser mediado pelo debate, porém a subordinação
do PT aos Executivos, nas três esferas de poder onde governa, por
vezes fragiliza a estratégia do partido. Estamos assistindo a uma
verdadeira subserviência - muitas vezes motivada por interesses
particulares de seus dirigentes no interior do governo - que tem
fragilizado o necessário contraponto do PT aos nossos governos e
ferido a autonomia partidária.
O
PT de volta ao GDF
Todos
esses aspectos se manifestam em nível nacional, e no PT do Distrito
Federal não é diferente. Por aqui é, provavelmente, uma das causas
das dificuldades de encontrar saídas para que o nosso governo tenha
sucesso.
Temos
uma longa e orgulhosa história na capital do país. Lutamos contra a
ditadura, por diretas-já, pela autonomia política do DF.
Construímos um governo democrático e popular entre 1995 e 1998, que
realizou políticas públicas significativas em diversas áreas. E
que concluiu seu mandato com 80% de aprovação popular, sendo
derrotado pelo poder econômico dos coronéis da política do DF.
Na
oposição, fiscalizamos e amarguramos doze anos de corrupção e
desmandos dos governos Roriz e Arruda, até a queda deste, inclusive
com sua prisão, quando o escândalo conhecido como Caixa de Pandora
desmantelou uma das redes de corrupção mais devastadoras do Brasil.
E retornamos ao GDF em 2010 com o candidato que o PT apresentou à
população, à frente de uma coalizão ampla, que se queria de
centro-esquerda, com grande apoio dos movimentos social e sindical.
Cabe
lembrar que na época do Encontro do Partido dos Trabalhadores,
quando se definiram alianças e se delineou um programa de governo
para ser apresentado à população, um expressivo grupo de
militantes se colocou contra a extensão da aliança defendida
majoritariamente naquele Encontro, por entender que o povo do DF não
queria remanescentes do governo que se ia do Palácio do Buriti, ou
melhor, do Buritinga, para as páginas policiais.
Aprovadas
as alianças, a composição do governo extrapolou muito aquilo que
foi aprovado no Encontro, trazendo para dentro do GDF toda a sorte de
gente que havia sido defenestrada pelas urnas, ou seja, ignorou
aquilo que foi votado e aprovado, democraticamente, em uma importante
instância do partido.
Ignorou
o PT que a população brasiliense, ao lhe delegar um novo mandato
como líder de uma coligação partidária, queria mudanças
profundas na forma de fazer política em nossa cidade; almejava pela
ética na política; vislumbrava transparência no trato do dinheiro
público; esperava pela recuperação dos serviços públicos
sucateados há mais de uma década pela corrupção desenfreada.
Queria a população, por meio de políticas que atendessem a
maioria, abrandar as profundas disparidades sociais em uma das
unidades da federação mais desiguais do país, e buscava resgatar o
orgulho de morar na capital federal tão manchada pela sucessão de
desgovernos que por aqui tivemos. Acreditou no discurso do então
candidato de que “cuidaria da população”, elevando o nível de
civilidade e diminuindo a barbárie que ainda hoje aqui permeia as
relações sociais.
Passados dois e
meio, o nosso governo tem realizado grandes esforços para tornar a
nossa cidade melhor. Podemos destacar obras de mobilidade urbana,
contratação de mais servidores públicos, investimentos em saúde,
habitação, educação e outras áreas. Entretanto, a falta de um
diálogo direto com a população e o afastamento do partido de suas
bases sociais não permite que a população reconheça todas essas
iniciativas. Vale lembrar que diversas pesquisas demonstram que nossa
gestão é rejeitada pela maioria da população. E que a pouco mais
de um ano enfrentaremos um novo processo eleitoral. Assistiremos
passivamente o naufrágio do governo? Ou a direção do PT-DF entrará
em campo, juntamente com o conjunto do partido e nossos
parlamentares, para discutir francamente com o governador a situação
do governo?
Cabe
ao PT-DF atuar de maneira sistemática para a consolidação das
bandeiras defendidas pelo partido. Sendo assim, algumas medidas devem
ser prioritárias para o programa de governo que disputará as
eleições de 2014, caso sejamos reeleitos. Tais como: a
implementação real do orçamento participativo, o fortalecimento e
a expansão da TCB com investimentos amplos, multiplicação de
linhas e frotas de ônibus, bem como a melhoria e expansão dos
serviços do metrô-DF, ampliação dos programas de saúde
preventiva, investimento em projetos que levem cultura à população
de baixa renda, valorizando a produção cultural local, a criação
da TV pública do DF, a adaptação das unidades de ensino da rede
pública para implementar gradualmente a política de educação de
tempo integral.
O
PT-DF não pode fugir de suas responsabilidades. O que está em jogo
é o destino de quase três milhões de pessoas que aqui habitam, ou
trabalham. Contingente este de cidadãos que certamente não querem a
volta daquele passado tenebroso, mas que ainda não enxergaram em
nosso governo a possibilidade de materializar um modelo de cidade que
melhore suas condições de vida e trabalho.
É
preciso agir e aprofundar as mudanças. Dar prioridade a pauta de
reivindicações dos movimentos sociais: dialogar e atender as
legítimas reivindicações dos trabalhadores, implementar políticas
que dialoguem com os setores mais excluídos da população, criando
as condições necessárias para vencer as eleições em 2014. No
campo das alianças políticas, o PT precisa deixar mais claro para a
população a sua identidade dentro das alianças que forma para
eleições e para governar. Para tanto terá que elaborar e divulgar
com os aliados quais os programas de governo e metas comuns. Terá
que explicitar suas divergências em cada questão relevante para a
sociedade
Devemos
aproveitar o momento que se abre de renovação dos diretórios
zonais e distrital para resgatar o PT que criamos em 1980. Isso passa
pela oxigenação de suas instâncias com a promoção do debate e um
chamamento amplo da militância, para que de forma democrática
discutamos tanto os rumos do PT-DF quanto do nosso governo.
Queremos
de volta o PT das instâncias em funcionamento, democráticas;
queremos de volta dirigentes, parlamentares e executivos que
respeitem o programa do PT e as decisões de suas instâncias;
queremos de volta os debates que nos instrumentalizavam e nos
preparavam para o enfrentamento com a direita. Assim como os núcleos
de base já tiveram importante papel no partido, é preciso que o
PT-DF ofereça outros espaços de discussão semelhantes aos núcleos,
onde as reflexões venham do amplo debate de ideias. É necessário
reencontrar o papel das direções zonais, que hoje não promovem
mais as discussões necessárias sobre as realidades locais,
transformando-se em esferas que não dialogam mais com as populações.
Desta
forma, convidamos a todos/as que se identificam com nossa tese para
pensar e agir conosco em busca do PT que seja, de fato, protagonista
na melhoria da vida de toda população brasiliense.
Brasília, agosto de
2013.
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